Estreia Webinar da ANG: “O papel do Gerontólogo em tempos de COVID19”

Considerando o contexto atual, a ANG realizou, pela primeira vez, um webinar, reservado a associados, lançando como temática “O Papel do Gerontólogo em tempos de COVID19”. Uma ação que, para além da sua grande pertinência atual, insere-se no grande objetivo da ANG para 2020, o ano das iniciativas especificamente direcionadas em prol da consolidação profissional: desde a criação do Fórum dos Gerontólogos, entre outras rubricas, para dar visibilidade do trabalho desenvolvido pelos colegas.

Com o webinar “O Papel do Gerontólogo em tempos de COVID19”, que decorreu no passado dia 1 de junho, criou-se mais um espaço de partilha e reflexão sobre o trabalho do Gerontólogo. Desta vez para ouvir o testemunho de duas profissionais, Natália Pereira e Elisabete Rodrigues, que, em tempos de COVID19, tiveram um papel importante na gestão das instituições e na promoção da qualidade de vida dos mais velhos, através do seu papel enquanto gerontólogas.

Para as profissionais, Natália Pereira enquanto gerontóloga na Estrutura Residencial para Pessoas Idosas “CliniCuidados” e Elisabete Rodrigues, profissional da Direção Técnica da empresa de Serviços de Apoio Domiciliário - “Idade Ativa”, os seus papéis, em contexto institucional, são cruciais.

Neste espaço de partilha ficou claro que o papel do Gerontólogo revela-se fundamental em três domínios: (i) sensibilidade na relação com cada residente e respetiva família, (ii) a polivalência, isto é, a disponibilidade para, numa situação-limite, saber e ser capaz de desempenhar as tarefas necessárias para garantir as necessidades mais básicas; e (iii) tratar o residente na sua individualidade, tendo em conta a sua história de vida, respondendo às suas necessidades - tão específicas, diferentes e particulares. Por sua vez, em contexto comunitário, através de serviços de apoio domiciliário, entende-se que o Gerontólogo é um profissional de terreno, não podendo ser única e exclusivamente “de gabinete”. Reforça-se as competências “saber saber, saber fazer e saber ser”, sendo estas basilares para a intervenção profissional do Gerontólogo.

Como principais desafios, destaca-se o impacto físico, psicológico e social desta pandemia nas pessoas idosas e a gestão das equipas dos ajudantes de ação direta. No atual contexto, sublinha-se ainda a necessária atualização das Orientações lançadas pela Direção Geral de Saúde, uma vez que constituem a base estrutural para que as instituições possam alargar e consolidar, de forma orientada, o âmbito da sua intervenção junto de um público que, face à atual situação, se encontra numa condição de maior vulnerabilidade social. Recorde-se que a última atualização da Orientação N.º 9/2020 foi publicada a 07/04/2020, exceto as orientações específicas para a realização de visitas, revelando uma escassez de informação no que concerne aos Serviços de Apoio Domiciliário.

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